Alguns diriam que Carla representa bem a classe trabalhadora – ou deveríamos dizer “batalhadora?” – Brasileira. Esforçada, dedicada e eficiente, Carla já possuia a carteira assinada desde os seus 19 anos de idade, e já sabia o que significa “ralação” desde então. Dinheiro é bom, ela aprendeu, mas vem às custas de um esforço próprio, um salário remunerado para um bom trabalho.
Como muitos outros jovens assalariados, Carla buscava melhores oportunidades de trabalho e salários mais altos. Com isso, ao longo de sua carreira profissional, passou por vários empregos e cargos, passando por tantos momentos de abundância e escassez salarial. Infelizmente, por falta de conhecimento financeiro próprio, Carla sempre saía de cada uma dessas fases geralmente no zero-a-zero: o salário era suficiente para passar sem muito aperto, mas as economias eram apertadas, algumas vezes sem qualquer sobra no fim do mês. Situação relativamente normal, pensava, pois afinal todos que ela conhecia pareciam compartilhar a mesma rotina.
Alguns meses mais gordos, as economias eram mais fortes e, ao longo da carreira, Carla conseguiu realizar alguns dos seus desejos menores de curto prazo. Melhorias para a casa, salões e procedimentos estéticos, roupas e bens representaram algumas de suas pequenas vitórias ao longo da vida, que logo eram resumidos à rotina de voltar à caça do salário.
E assim se passaram algumas décadas, e eis que Carla fez uma retrospectiva aos seus quarenta e poucos anos, descobrindo que deveria ter alguma coisa de errado na sua vida. Como uma pessoa que trabalhou por tantos cargos e empregos na vida por algumas décadas ainda não consegue aos quarenta ter algum feito financeiro significante? Sem casa ou um carro? Nem reserva de emergência? Era preciso rever o que estava errado. Felizmente, sua história deu uma guinada neste ponto.
Numa série de estudos de material financeiro que incluíram o blog e o livro do Pinguim Investidor, Carla radicalmente transformou sua vida financeira, conseguindo – de acordo com suas próprias palavras – juntar dinheiro significante pela primeira vez na sua vida. Carla arranjou uma oportunidade de emprego extraordinária, e seu salário foi significante pela primeira vez na vida. O dinheiro fora economizado consistentemente, e investido no Tesouro Direto.
Ela saiu finalmente do seu buraco financeiro, mas ao olhar o horizonte, surgiu uma outra dúvida: o que fazer agora com todo este dinheiro? Qual seria um investimento melhor do que o Tesouro Selic?
Carla entrou em contato com o Pinguim Investidor com esta pergunta fresca, parcialmente motivada por conta da constante queda da taxa Selic que tornou o Tesouro Direto muito menos atrativo do que antes. Uma análise mais a fundo, porém, revelou outros aspectos: sentindo-se “rica” pela primeira vez na vida, Carla também gostaria de dar um outro passo e utilizar dos recursos para conseguir realizar seus outros sonhos que não conseguira realizar desde jovem.
Viagens, procedimentos, tratamentos… várias coisas que, combinadas com o avanço de sua idade, certamente não poderiam “esperar cinco anos” como rege a regra de ouro dos investimentos. Assim, sobra uma pergunta clássica, balanceando desejo e razão, orgulho e dever, ego e id: devo realizar meus sonhos ou garantir meu futuro? Existe algum investimento que poderá me ajudar neste caso?
Infelizmente, a resposta que tenho para Carla não será aquela que ela estár procurando.
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